Sociologia/Filosofia

A mulher negra na política.

A ausência da mulher negra nas estruturas de poder da sociedade brasileira foi uma das críticas feitas pela diretora do Instituto da Mulher Negra de São Paulo, durante a abertura do 1º Seminário Nacional de Empoderamento das Mulheres Negras, realizado em Brasília.
A situação das mulheres negras nas políticas públicas desafia a democratização racial no país. As mulheres negras estão ausentes de quase todas as estruturas de poder da sociedade. Elas são absolutamente minoritárias em espaço de decisões. É uma condição de subordinação e de subalternação social que precisa ter as causas e razões discutidas.
Entre os espaços sociais em que as negras são expostas ao preconceito, o mercado de trabalho é o que maior gera a exclusão em decorrência dos padrões estéticos exigidos.
A discriminação no mercado de trabalho gera a exclusão de oportunidades para as mulheres negras. Existe uma ideologia poderosa operando ele, que procura pelo fator estético hegemônico e que autoritariamente exclui as pessoas que não estão dentro do padrão seguido pelos grupos dominantes do país.

A mulher negra na sociedade.

Dec. 80
         A dec. de 80 foi marcada por uma crise econômica, a inflação e o desemprego. Acentua-se um fenômeno que ainda continua em constante elevação: a “feminilização” da pobreza e o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, porém, piora de sua qualidade de vida. Segundo pesquisas recentes do DIEESE, as mulheres são representadas por 50,2% na força de trabalho do Brasil e ocupam os postos com menor remuneração. Para as mulheres negras a situação é ainda pior. Desde a escravidão o seu trabalho garantiu a subsistência das famílias afrodescendentes. Elas são precursoras do trabalho informal, labutando como quituteiras, empregadas domésticas, lavadeiras, trabalhadoras rurais etc. Com a vinda dos imigrantes europeus e posteriormente, asiáticos os homens negros foram excluídos da possibilidade de trabalhar.

Dec. 2009
De forma organizada coletiva, ou individualmente, foram inúmeras as mulheres que contribuíram para a construção da condição feminina atual. A elas deve-se o reconhecimento da cidadania feminina, com leis e reformas sociais que até hoje beneficiam o sujeito feminino. Nelas percebe-se um exemplo de persistência e luta pela causa indígena, pela abolição da escravatura, pelo direito das mulheres de frequentar escolas e universidades e o direito de votar e ser votadas. Como protagonista do feminismo contemporâneo, não se pode ignorar as lutas que antecederam o século XXI. A das índias que lutaram contra a violência dos colonizadores; das negras que se rebelaram contra a escravidão; e das brancas que romperam com as limitações que lhes confinava ao mundo privado, para conquistar direitos de cidadania e ter voz no mundo público. Palavras-chave: Mulheres. Lutas. Conquistas. Sociedade
As sucessivas conquistas da mulher ao longo do século XX, direito ao voto, ao estudo, ao trabalho, à independência econômica e a dispor livremente do seu corpo, operaram deslocamentos inexoráveis na sociedade no que concerne a divisão hierárquica dos papéis sociais: masculino (espaço público) versus feminino (espaço doméstico). O fato que em cem anos barreiras milenares foram rompidas indica que o que foi considerado como natural e imutável é passível de modificações.
No Brasil, as discriminações raciais têm atuado como eixos estruturantes dos padrões de exclusão social. Esta lógica se reflete no mercado de trabalho, no qual as mulheres, especialmente as mulheres negras, vivenciam as situações desfavoráveis. Nesse contexto, elas sofrem tripla discriminação no mercado de trabalho brasileiro: racial, de gênero e de classe.
Embora se estejamos vivendo o terceiro milênio, e a luta por transformações nas relações de gênero, de raça/etnia e de classe social tenham atingido avanços significativos no final do século, ainda é preciso lutar para que as modificações se efetivem. O retrato formulado pelas estatísticas ainda é preocupante, revelando através de número a dura realidade da desigualdade no nosso país.

A mulher negra no mercado de trabalho.

Dec. 2009


   


Negro no mercado de trabalho

O negro ainda sofre discriminação para ter acesso ao mercado de trabalho. Quando consegue um emprego, na maioria das vezes recebe salário abaixo da média, se comparado com o trabalhador branco, apesar de ter o mesmo nível de escolaridade. A constatação foi feita durante audiência na Comissão de Direitos Humanos (CDH) que reuniu representantes de diversas entidades para debater a situação do negro no mercado de trabalho.
Mesma posição otimista foi manifestada por Paulo Paim (PT-RS). Ele destacou a existência de mecanismos para reduzir a discriminação, a exemplo do PLS 285/06, de sua autoria, que autoriza o Poder Executivo a criar o programa Cantando as Diferenças, destinado a promover a inclusão social de grupos discriminados. Paim, no entanto, reconheceu que a população negra ainda sofre discriminação, principalmente no ingresso, ascensão e remuneração no mercado de trabalho.


Violência contra o negro

Araújo lembra que na década de 60, os poucos atores negros que fizeram parte do elenco das novelas na Rede Tupi ou na Rede Globo representavam escravos (quando a novela era de época), "malandros" ou profissionais com baixo prestígio social, como empregadas domésticas ou motoristas. Na década de 70, o número de atores negros começou a aumentar, o que continuou ocorrendo nas décadas seguintes.
Para o psicólogo e pesquisador Ricardo Franklin Ferreira, a presença dos negros na TV é fundamental para a construção de uma imagem de si mesmo. "Enquanto as crianças negras continuarem tendo somente mulheres brancas e loiras como conceito de beleza, como a Xuxa, elas terão dificuldades em aceitar suas qualidades", afirma. É o que Araújo chama de "ideologia de braqueamento", presente na televisão brasileira.

O negro no Brasil

No começo todos negros que viviam no Brasil eram escravos e vindos da África. Eles tiveram filhos que também foram escravos, porque era parte da cultura deles a escravidão quando alguém tinha divida, tendo menos resistência, e com isso os agricultores compravam eles para trabalhar nas lavouras, no inicio nos engenhos de cana de açúcar, depois em outros cultivos, como o café por exemplo. Para os agricultores era muito vantajoso, por ser uma mão de obra barata, e eles somente gastavam com alimento, e caso fossem desobedientes, seriam castigados severamente,as vezes ate de formas desumanas.Alguns negros resistiam, e fugiam das fazendas dos seus donos, e formavam os quilombos, que eram comunidades grandes de negros, escondidos no meio da mata fechada. Os primeiros negros a serem livres por direito no Brasil, foram libertos pela compra de cartas de alforria, documento que declarava o escravo livre. Mas não adiantava muito, porque o ex-escravo ficava contra o governo, sem dinheiro, sem estudo e se oportunidade, forçando eles a aceitarem trabalhos péssimos.E essa situação não mudou nem com as primeiras leis contra a escravidão, a Lei do Sexagenário e a Lei do Ventre Livre, que não adiantaram muito. A Lei do Sexagenário declarava livre os escravos com mais de 60 anos, agora como as condições de vida deles era péssima, com muitos mal tratos, então a media de vida de um escravo era de 40 anos, e essa lei apenas retardou a solução do problema. Com muita luta, foram livres pela lei áurea, assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888 , mas a vida continuou difícil, como a dos escravos que foram libertos pelas cartas de alforria. Por serem historicamente pobres, os negros sofrem preconceito ate hoje, sem motivo claro. Em algumas pesquisas feitas, mostram isso.Foram perguntadas as pessoas que cores que elas eram, e foram respondidas mais de três mil cores, mas pouquíssimos negros, mesmo com o Brasil ser um pais com uma média grande de negros na população.Existem também alguns debates modernos, como por exemplo as cotas das universidades. Elas seriam para dar uma chance a pessoas sem condições, ou seriam porque os negros não seriam capazes de passar sozinhos.Alem disso existem muitos outros racismos, ate preferindo dar vagas de empregos para brancos.Isso tudo acontece no Brasil, que tem um grande número de negros na população..



O negro e a educação 
 
Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos brasileiros freqüentam diariamente a escola (professores e alunos). São mais de 2,5 milhões de professores e 57 milhões de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país.