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·    Do Renascimento ao início do século XX: ortografia etimológica

 Aviso anterior a 1911 na parede da Igreja do Carmo, na cidade do Porto.
A partir do século XVI, com o despertar dos estudos humanísticos, difundiu-se o uso de grafias etimológicas (ou pseudo-etimológicas), denotando o desejo de justificar as palavras vernáculas através das suas antecedentes latinas ou gregas, genuínas ou imaginadas.
O aparecimento da tipografia contribuiu para tornar cada vez mais correntes as novas grafias, abundantes em ch (com valor de [k]), ph, rh, th e y nas palavras de origem grega (archaico, phrase, rhetorica, theatro, estylo, etc.) e ct, gm, gn, mn, mpt nas palavras de origem latina (aucthor, fructo, phleugma, assignatura, damno, prompto), não faltando, também, as falsas etimologias, como a de tesoura escrita thesoura, por sugestão de thesaurus, quando o étimo é tonsoria.
No entanto, houve sempre gramáticos a criticar, até com aspereza, esta ortografia, inicialmente teorizada por Duarte Nunes de Leão na sua Orthographia da lingoa portuguesa, de 1576, e que veio a culminar no século XVIII sobretudo pela obra de João de Morais Madureira Feijó, Orthographia, ou Arte de Escrever, e pronunciar com acerto a Lingua Portugueza, de 1734, apogeu máximo da defesa da etimologia na ortografia portuguesa[3].
Assim, restauraram-se no português não só letras que tinham deixado de existir, como também, em alguns casos, os sons correspondentes, como por exemplo o g de digno (quando o corrente anteriormente era escrever e pronunciar dino). Enquanto a Real Academia Espanhola reformava a ortografia no século XVIII em bases fonéticas racionais, a "Academia Real das Sciencias de Lisboa" consagrava a etimologia como supremo princípio ortográfico. Talvez fosse influenciada, nessa política, pela ortografia francesa ou talvez, com mais probabilidade, pelo desejo de tornar a língua portuguesa, até no plano gráfico, a mais diferenciada possível da espanhola.





·    De 1911 até aos nossos dias: reformas ortográficas
Com a implantação da república em Portugal (5 de Outubro de 1910) foi nomeada uma comissão — constituída por Aniceto dos Reis Gonçalves Viana, Carolina Michaëlis, Cândido de Figueiredo, Adolfo Coelho, Leite de Vasconcelos, Gonçalves Guimarães, Ribeiro de Vasconcelos, Júlio Gonçalves Moreira, José Joaquim Nunes, Borges Grainha e Augusto Epifânio da Silva Dias (que pediu escusa) — para estabelecer uma ortografia simplificada a usar nas publicações oficiais e no ensino, que foi oficializada por portaria de 1 de Setembro de 1911.
A Reforma Ortográfica de 1911 — a primeira oficial em Portugal — foi profunda e modificou completamente o aspecto da língua escrita, aproximando-o muito do actual, fazendo desaparecer muitas consoantes dobradas, os grupos ph, th, rh, etc. Ela representa um retorno, parcial, à ortografia fonética da Idade Média, de que se diferencia, no entanto, pela uniformidade com que é aplicada.
A adopção desta nova ortografia não se fez sem resistências em Portugal, mas a maior polémica em seu torno estalou no Brasil. Apesar de já existir há longo tempo no Brasil uma forte corrente foneticista, que se batia pela simplificação ortográfica, o não envolvimento brasileiro na reforma portuguesa teve o efeito contrário de reforçar as correntes tradicionalistas, ficando os dois países com ortografias completamente diferentes: Portugal com uma ortografia reformada, o Brasil com a velha ortografia pseudo-etimológica.
Em 1924 a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começaram a procurar uma ortografia comum, firmando-se um acordo preliminar em 1931 que praticamente adoptava a ortografia portuguesa de 1911, iniciando-se assim um longo processo de convergência das ortografias dos dois países. Contudo, os vocabulários que se publicaram, em 1940 (Academia das Ciências de Lisboa) e 1943 (Academia Brasileira de Letras), continham ainda algumas divergências. Por isso, houve, ainda em 1943, em Lisboa, uma convenção ortográfica, que deu origem ao Acordo Ortográfico de 1945. Este acordo tornou-se lei em Portugal por decreto ainda em 1945, mas no Brasil não foi ratificado pelo Congresso; e, por isso, os brasileiros continuaram a regular-se pela ortografia do Formulário Ortográfico de 1943.
Em 1971, novo acordo entre Portugal e o Brasil aproximou um pouco mais a ortografia dos dois países, suprimindo-se os acentos gráficos responsáveis por 70% das divergências entre as duas ortografias oficiais (nos homógrafos e nos vocábulos derivados com o sufixo -mente ou iniciado por -z-). Em 1973 recomeçaram as negociações e, em 1975, as duas Academias mais uma vez chegaram a acordo, o qual não foi contudo transformado em lei, em parte devido ao período de convulsão política que se vivia em Portugal. Em 1986, o presidente José Sarney do Brasil tentou resolver o assunto e promoveu um encontro dos sete países de língua portuguesa no Rio de Janeiro. Deste encontro, saiu um acordo ortográfico e mais uma vez o acordo não foi por diante, devido ao enorme alarido que se levantou em Portugal e no Brasil, nomeadamente a propósito da supressão da acentuação gráfica nas palavras esdrúxulas (ou proparoxítonas), ou seja deixaria de haver distinção gráfica entre palavras como música/musica, fábrica/fabrica, análise/analise, cópia/copia, cágado/cagado etc. Este último exemplo foi amplamente divulgado no Brasil, à época, pelos opositores da mudança.
No entanto, como a persistência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa — a lusitana/africana e a brasileira — tem sido considerada[quem?] largamente prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu prestígio no mundo, quatro anos mais tarde, foi feita nova reunião, desta vez em Lisboa, e lavrado o chamado Acordo Ortográfico de 1990, tido[quem?] como mais moderado e atendendo às críticas feitas à proposta de 1986.

 Literatura

Sinopse do livro: As Revoltas do Vampiro

Como lidar com um adolescente rebelde?
Nosso personagem vampiro ainda está fazendo análise. Agora, o assunto das sessões é a relação dom Vicente, seu filho adolescente, nos idos do século XVIII. Com a rebeldia típica dos jovens, Vicente foge de Portugal para o Brasil em busca de seu irmão gêmeo. Aqui, em sua busca por um ideal e por uma "galera", acaba se metendo nas maiores confusões e até imprimindo sua marca na história do país ao participar da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana.
 O livro faz referência ao Barroco e ao Arcadismo ao se referir em seus textos as séculos XVIII na pela passagem da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana.

                      Arcadismo 
 
O Arcadismo, foi um estilo de literatura que ficou na maioria do século XVIII,  sua principal característica era o bicolsimo, elevando a vida despreocupada e idealizada bos campos. Muitos poetas ácades foram participantes da Conjuração Mineira.

O poeta latino Horácio foi um dos principais escritores do arcadismo, ele foi influenciador do pensamento do “carpe diem”, viver agora, desfrutar do presente, adotado pelo Arcadismo e permanente até os dias de hoje.
 Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Santa Rita Durão, são um dos principais autores árcades do Brasil.